Censos e “Big Data”: fontes concorrentes ou complementares?

bigdata

Marden Campos, OLAC

A grande novidade dos estudos demográficos nos últimos anos é a utilização de bases de dados virtuais como fonte de informação. Oriundos da internet e do sistema de telefonia –  informações de redes sociais digitais, acesso a sites, chamadas telefônicas, mensagens eletrônicas, servidores de email, dentre outros –, essas grandes bases de dados (“big data”) entraram de vez na lista de fontes que os estudiosos de população lançam mão para estudar o comportamento reprodutivo, o padrão de doenças, a mobilidade espacial, dentre outros aspectos relacionados à dinâmica populacional.  Exemplos disso são a criação de um grupo de trabalho global sobre big data na divisão de estatística das nações unidas , o painel científico da União Internacional para o Estudo Científico de População (IUSSP) sobre Big Data and Population Processes  e a presença de oficinas de trabalho e de uma mesa redonda sobre Web and Social Media for Demographic Research no congresso conjunto da Associação Latinoamericana de População (ALAP) e Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) realizado no último mês de outubro . Além disso, o tema é central para os debates que ocorrem o neste blog , para o qual buscamos contribuir um pouco mais. Sigue leyendo

Livro do IBGE mostra as transformações na produção dos indicadores sociais

Os Censos Demográficos são importantes fontes de informações para a produção de indicadores sociais, o que se deve, basicamente, às suas especificidades que estão relacionadas à maior cobertura geográfica, permitindo a captação de informações – geralmente relacionadas a grupos específicos – difíceis de serem obtidas pelas pesquisas domiciliares por amostra. Possibilita, além disso, que indicadores sejam produzidos em níveis territoriais menores, oferendo oportunidade de conhecimento das condições de vida da população dessas localidades, viabilizando, com isso, a implementação de políticas públicas.

No momento em que os países que fazem parte do sistema ONU discutem as estratégias de produção dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) os Censos Demográficos surgem como uma importante fonte de informações direcionada principalmente para a obtenção de indicadores que necessitam de desagregação por grupos que serão os principais alvos de políticas públicas, como as mulheres, indígenas, pessoas com deficiência, dentre outros.

Com o objetivo de contribuir para sistematizar a produção dos inpanoramadicadores sociais, levando em consideração as recomendações internacionais e a experiência dos institutos nacionais de estatística, o IBGE lança a publicação Panorama Nacional e Internacional da Produção de Indicadores Sociais, que integra a coleção Estudos e Análises: Informação Demográfica e Socioeconômica. Organizada pelo gerente de Indicadores Sociais, André Simões, e pela pesquisadora Betina Fresneda, o livro aborda, em cinco capítulos, a produção de estatísticas sobre educação, famílias, direito à moradia, padrão de vida e distribuição de renda e trabalho.

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